segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Matrix Quântica II

Observação:
Este texto faz parte de uma coletânea (muito) maior que, aos poucos, será elaborada e publicada. Cada texto pode ser entendido separadamente, mas o ideal seria entendê-los dentro do contexto completo. Para facilitar a busca de todos os textos envolvidos, selecione, do lado direito da página, o seguinte tema: “Desnewtoniando: A Matrix Quântica”.

Todos os Posts sobre o tema estarão intercalados em meio aos outros Posts do Blog.



O mundo que vemos é apenas uma interpretação de nossos cérebros. E aquilo que chamamos de mundo real é apenas uma representação do mesmo, criado por nossas próprias mentes.

À primeira vista a idéia pode até parecer obra de ficção científica e até mesmo gerar alguns protestos.
Porém, em última instância, é isso mesmo que acontece e é bem fácil de demonstrar. Apenas não nos damos conta disso porque dificilmente paramos para pensar a respeito.
A noção que temos de mundo (pelo menos para os não cientistas) é, basicamente, o que captam os nossos sentidos. Aquilo que vemos (principalmente), aquilo que ouvimos, cheiramos, sentimos ou degustamos.


Nosso cérebro interpreta todas nossas sensações e experimentações do mundo ao redor e os guarda, formando assim uma representação de mundo. Mas esta representação é apenas uma aproximação (e bastante grosseira); algo sujeito a falhas e a limitações de captação, interpretação e armazenamento.



Além de todas as limitações e falhas inerentes, existe um ponto bastante importante. O cérebro não conseguiria trabalhar com todas as informações “disponíveis” no mundo ao nosso redor. Além da sobrecarga e das dificuldades de “processamento”, seria difícil focarmos naquilo que necessita de nossa atenção se trabalhássemos com a massa completa de dados. Por isso o cérebro possui um mecanismo natural de “descartamento

Para que se tenha uma vaga idéia de quanto nosso cérebro precisa simplificar as informações para que possamos interpretá-las e usá-las, basta vermos que nosso cérebro:
- Recebe informações a uma taxa de 400 bilhões de bits por segundo
- “Processa” apenas 2 mil bits por segundo

Isso representa o processamento de apenas 0,0000005% das informações disponíveis aos nossos sentidos.

E sendo assim, quão real é o mundo que temos dentro de nossas mentes com relação ao mundo que realmente existe fora delas?


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