sábado, 27 de fevereiro de 2010

Darwin “revisitado”: Quem nasceu primeiro? – Parte II

Esquecendo um pouco as outras abordagens, vamos analisar os políticos do ponto de vista da teoria evolucionista de Darwin:
Poder-se-ia concluir que quem nasceu primeiro foi o ovo. Uma hipotética “pré-galinha” (chamemos assim o animal que veio antes da galinha como a conhecemos) teria botado um ovo, mas, através de casuais mutações aleatórias, a suposta pré-galinha JR, dentro do ovo, teria se tornado uma galinha. Como a pré-galinha JR teria alguma vantagem competitiva, teria sobrevivido e prosperado, formando assim uma grande família de galináceos modernos.
(Utilizei o futuro do pretérito porque, logicamente, este texto saiu da minha cabeça e está totalmente sujeito a erros de natureza histórica e, principalmente, biológica)

Eu acredito que, se Darwin estivesse entre nós, diria que “O Político” teria nascido de um “Cidadão Standard” a partir de uma mutação aleatória (e maligna) e que, devido às suas “vantagens competitivas” de um predador nato muito mais adaptado ao ambiente hostil que se tornou a sociedade brasileira, prosperou e criou sua própria colônia, predando e arrasando tudo o que encontra em seu caminho.



Porém, holisticamente falando, poderíamos dizer que não há uma causa e uma conseqüência, num sistema newtoniano de transferência de energia.
Esta análise é feita sempre desta maneira porque fomos condicionados a pensar reducionistamente, algo tem que ser a causa e a outra parte passa a ser conseqüentemente a o efeito. Se não conseguimos detectar quem é quem, ficamos sem ação, não sabemos o que fazer.

E porque é que na política não podemos fazer esta análise newtoniana?
Acredito que as limitações encontradas neste contexto são as mesmas limitações encontradas pela ciência quântica moderna (mas logicamente isto é apenas uma analogia).

Aqui também não temos a possibilidade de um observador independente. Fazemos parte desta “experiência”. Influímos no que nossos políticos se tornam e eles influem no que pensamos sobre a política.
Além disso, a interação deve ser vista mais como um entrelaçamento de fatores e probabilidades de eventos que interagem entre si do que como uma simples interação Causa x Efeito.
Lidamos também com uma infinidade de eventos ocorrendo simultaneamente de uma maneira extremamente complexa e de uma forma que nunca podemos prever um acontecimento, apenas estimar probabilidades da ocorrência do mesmo.

Porém, alguém pode afirmar: “Mas os políticos são corruptos simplesmente porque é da natureza deles, isso não tem nada a ver com o povo”. Eu quase tenderia a concordar. Mas, é difícil não se questionar depois de ver este vídeo:


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Darwin “revisitado”: Quem nasceu primeiro? – Parte I


Como diz a música “Mucama” (de Toni Garrido, Bino Farias, Da Gama e Lazão), “O que esperar de uma nação que o herói é a televisão, que passa todos os seus meses mal e melhora tudo... no Carnaval!!!”?

Bem, o Carnaval já passou, e aproveito o ensejo para re-lembrar alguém que, com certeza, se deu muito bem neste carnaval: Geisy Arruda!
Após o fatídico escândalo envolvendo a própria e uma turba de primatas pós modernos ela deu a volta por cima e, agora, 5 litros mais magra (sim! 5 litros, não 5 quilos, pois ela fez uma lipo, rs) desfilou na escola de samba Porto da Pedra (coincidência ou não, diretamente da idade da pedra para o porto da pedra).

Mas, o que tem a ver a Geisy Arruda com Darwin???

Bom, o que eu gostaria de propor é o seguinte questionamento:
“Quem nasceu primeiro, o político oportunista ou o povo alienado???”

Este questionamento me surgiu quando, pouquíssimo tempo depois do escândalo de Geisy Arruda, o programa CQC (Custe o Que Custar) exibiu esta entrevista:


Achei impressionante como os comportamentos se assemelham. É esperado que um “ilustríssimo” deputado preze, no mínimo, pela moral e pelos bons costumes. Mas por que esperamos de um representante do povo algo diferente do que o próprio povo faz?

Mas, o quê geraria o quê? Será que políticos que eternizam a política do “dinheiro fácil” em troca de votos e que disseminam a ignorância visando “adestrar” seus eleitores é que criam um povo dependente que não consegue sair do buraco onde está? Ou será que um povo ignorante é que elege políticos pilantras e aproveitadores?

E se fôssemos pensar no assunto em termos do clássico problema do “ovo e da galinha”? Eu acredito que Einstein teria dito que esta é uma questão relativa, pois à velocidade da luz o pequeno Pré-Galinha JR poderia ter sua existência no espaço-tempo antes mesmo da Sra Pré-Galinha conhecer o Sr Pré-Galo; Schorodinger provavelmente diria que isso não tem tanta importância, pois a priori nenhum dos dois (Sra Pré-Galinha e o pequeno Pré-Galinha JR) existe até que um ser consciente ocasione o colapsamento das sub-partículas quânticas; já Colombo certamente teria largado mão desta pesquisa e proposto aos indagadores o desafio de fazer parar em pé o ovo da Sra Pré-Galinha (reproduzindo o desafio do Ovo de Colombo).

Mas, afinal, a que tudo isso nos leva????

Nos leva à “Parte II” do Post... não percam! ;)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Astronauta x Neurocirurgião

Aproveitando as discussões relativas ao que é real e o que é criação da mente, o que é "captável" e o que é "insondável", segue um diálogo fictício que pode nos fazer pensar um pouco:



Certo dia estavam conversando um astronauta ateu convicto e um neurocirurgião questionador.

O astronauta, do alto de seu ateísmo, zombou afirmando que já estivera no espaço inúmeras vezes, porém nunca avistou nenhuma divindade nos espiando lá de cima.

Ao que o neurocirurgião, sempre questionador, respondeu:
"Eu também já operei inúmeros cérebros de pessoas altamente inteligentes. E ainda assim, nunca vi um pensamento sequer."





(Diálogo baseado em trecho do livro "O Dia do Coringa", de Jostein Gaarder, mesmo autor de "O Mundo de Sofia")







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