sábado, 23 de outubro de 2010

Porcos, presidentes e a ditadura consentida - Parte Final!


Este Post está realmente bastante grande, confesso, mas desta vez é por uma boa causa! Então, por favor, tentem ler até o final!

Este apelo pode parecer meio JoséSerrístico, mas:
- Se você vai votar a favor da Dilma,lhe desafio a ler o Post até o fim e continuar com a mesma opinião;
- Se você já for votar contra a Dilma, leia, reflita e, se julgar que o conteúdo merece ser espalhado por todos os cantos, ajude a divulgar.


O Post pode ser lido independentemente dos anteriores, mas o ideal seria iniciar a leitura a partir do Post I para entender melhor algumas argumentações.
Mas, de qualquer forma, mesmo não lendo, tenho certeza de que os fatos falarão por si mesmos.

Então, Respire fundo e mergulhe neste “mar de lama” que aqui se revelará:



Alianças com políticos de caráter no mínimo duvidoso, como Collor ou Sarney; proximidade com figuras internacionais polêmicas, como Fidel ou Ahmadinejad; mentiras deslavadas, como nos casos da publicação da revista “The Economist” ou do Mensalão; e até mesmo ligações suspeitas com entidades como o MST e as FARC! Será que são apenas boatos e intrigas? Ou será que há provas concretas? Vamos continuar com nossa comparação do governo Lula com “A Revolução dos Bichos” e, no decorrer desta história, vamos saber.


No caso dos porquinhos o problema começou quando os verdadeiros idealistas que criaram todo o mundo utópico de “liberté, égalité, fraternité” saíram de cena. Neste momento assumiram a liderança porcos que já não dedicavam suas vidas a um ideal maior, mas sim à sua própria comodidade; porcos de mentalidade extremamente superficial.
E é muito fácil perceber o quanto os integrantes do atual governo estão distantes de serem os idealistas que sempre fingiram ser. É muito fácil perceber que o que está em jogo são interesses próprios e que temas mais profundos e filosóficos não são o forte dos mesmos:




Como foi citado nos Posts anteriores, a base de toda a estratégia foi a criação de 2 mitos.
O mito Lula vem sendo criado há muito tempo, mas com certeza a sua chegada ao poder acelerou essa criação de forma assustadora.
Os “grandes feitos lulísticos” vêem sendo martelados na cabeça do povo dia após dia através da frase que já se torno um famoso bordão: “Nunca na história deste país...”, bordão que, inclusive, virou título do livro de Marcelos Tas (livro que, aliás, apresenta humor e inteligência em uma dosagem impecável).



Outra expressão que se tornou um verdadeiro bordão de Lula foi: “Eu não sabia...”.
E, assim, ele foi seguindo, como dito em Posts anteriores, totalmente blindado. Blindado por uma armadura de falsas conquistas (ou, no mínimo, verdadeiras apenas em partes) contra qualquer tipo de acusação ou, até mesmo, fato concreto.
Chegou até mesmo a alegar que o Mensalão foi “a maior armação já feita contra o governo”. Será que alguém no Brasil, mesmo considerando os próprios PTistas (ao menos os que têm um mínimo de consciência restante) consegue engolir uma alegação destas???
Mas para construir uma blindagem, não basta saber quando se fazer presente e repetir o que se quer que todos gravem. É também importante saber quando sumir e deixar que a poeira abaixe. Lição que Lula sabe bem, e que ensinou também muito bem à candidata Dilma.
E, quando não dá pra fugir, sempre dá para “tergiversar”, e parece que não é só o Serra que sabe fazer isso:



(Pra compensar a falta de conteúdo da candidata Dilma pelo menos colocaram uma música muito divertida, rs)


E entre suas falsas conquistas, uma das que teve maior repercussão em tempos recentes foi a reportagem da revista “The Economist”. Eles exaltaram o acontecimento de forma estrondosa, porém, coincidentemente ou não, nunca falaram do seguinte trecho da notícia: “Então começou o real milagre. Em 1994, um time de economistas, sob a liderança de FHC, à época ministro da Fazenda, criou uma nova moeda, o real, que obteve êxito onde outras tentativas [de estabilização] haviam fracassado”. Porque será que isto não foi mencionado? E se Lula se orgulha tanto desta notícia, porque será que insiste em transformar FHC no verdadeiro Darth Vader da política brasileira???


E, seguindo o exemplo de seu manipulador, a fantoche Dilma tenta começar a se blindar através do falatório sem sentido e da transferência de culpa por qualquer coisa que venha a acontecer.
No episódio do apagão geral que tivemos, por exemplo, ela, competente ministra de Minas e Energia que foi, disse que o apagão ocorreu porque houve “vendaval, chuva e raio”, e que ninguém pode controlar isso. Realmente, planejamento, prevenção e investimentos não significam nada! O importante é saber quando vai chover!


A construção do mito passa inclusive, por uma “super-produção” cinematográfica: “Lula, o Filho do Brasil”. Uma verdadeira tentativa de deificação, endeusamento do nosso querido mano Lula, e isso às vésperas do período eleitoral. Propaganda antecipada? Patrocínio em troca de favores? Para Lula o período de inauguração do filme não passou de mera coincidência, e para os investidores o patrocínio não passou de uma bem intencionada aposta na importância da “sétima arte”. Será que dá pra acreditar nisso ou palavra de político já virou mais ficção do que filme de cinema?


Tamanha é a ousadia dos honoráveis PTistas na tentativa da auto-canonização que Lula, tentando justificar suas estranhas alianças políticas (tópico que voltará mais à frente no texto) se compara a Jesus Cristo! Sim... pasmem... o messias em pessoa, e Dilma, que como mera aprendiz não poderia ir tão longe, contentou-se em comparar-se com Indira Gandhi.



E, por outro lado, a construção da imagem demoníaca dos candidatos opositores passa pela ameaça de que a única forma de manter a “distribuição de dinheiro” entre os mais pobres é a manutenção do PT no governo.
E, aliás, essa distribuição de renda é uma tentativa de dar o peixe ou ensinar a pescar?
Bom, o que eu sei é que Lula se orgulha muito de dizer que nos últimos anos muitos saíram da miséria e hoje têm poder de compra, que os mais pobres hoje estão chegando à classe média. Bom, pode ser, mas segundo o IPEA o desemprego entre os mais pobres cresceu nos últimos anos.
Mas, pera aí! O emprego caiu e a renda cresceu??? É impressão minha ou essa matemática tem algo de muito errado???
Será que o presidente quer criar cidadãos conscientes ou “ovelhas” confusas e barulhentas que apenas repetem incansavelmente aquilo que lhe colocam na cabeça?


Tendo o apoio de um exército de ovelhas mal informadas e barulhentas fica fácil confundir mesmo aqueles que não são tão influenciáveis assim, mas isso às vezes exige uma certa lavagem cerebral, como demonstra, inclusive, uma questão proposta no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), uma tentativa clara e sem vergonha de lavar o cérebro já não muito privilegiado de muitas pobres ovelhinhas.
Vejam:





Quando na história deste país (e talvez desse mundo ou até mesmo universo) um presidente teve a cara de pau de fazer uma propaganda tão deslavada quanto essa???


Como já dito, Napoleão, o porco mor da república dos porquinhos, cercou-se de animais que fizessem para ele o serviço sujo e também se cercou de aliados que, apesar de oferecer vantagens políticas, nem de longe poderiam ser considerados como parcerias saudáveis.


E quem cerca hoje Lula e Dilma? José Dirceu, José Genuíno, Palocci...
E além de seus fiéis pit bulls escudeiros, Lula e Dilma contam com o apoio de ilustres personagens como José Sarney e Fernando Collor de Mello. Lula chegou mesmo a dizer que precisa de Collor no cenário político, pois “Com a experiência que tem de presidente da República vai certamente, se quiser, fazer um trabalho no senado excepcional”. Destaques nesta frase para o brilhante adendo “se quiser” e para o jogo de palavras “trabalho no senado excepcional”. Parece-me que, quando teve a oportunidade de fazer um Brasil melhor “se quisesse”, Collor não quis muito não. E acredito que a ordem escolhida por Lula para as palavras “trabalho”, “senado” e “excepcional” foi perfeita! “Trabalho excepcional no senado” é que não poderia ser! Agora, o senado realmente parece não andar muito normal, está mais para um “senado excepcional” mesmo. Agora, o mais intrigante nesta questão é: Afinal, que tipo de experiência prévia de Collor Lula queria usar (ou usou) no governo???


Bom, mas e no cenário internacional? Será que as companhias de Lula são melhores?
No cenário internacional Lula, já há muito tempo, demonstra uma certa “quedinha” por grandes ditadores. Apóia sempre que pode algumas figuras conhecidas, como Fidel Castro, Hugo Chavez e até mesmo Ahmadinejad.
Não sabe quem é Mahmoud Ahmadinejad? É simplesmente alguém que diz que talvez as pessoas estejam exagerando ao dar ao Holocausto proporções tão “descomunais”. E é desta “pessoa humana” (como disse a filósofa e pensadora Dilma Rousseff) que Recentemente Lula resolveu ficar amiguinho.



Ao que parece, o PT de Lula desde muito cedo em sua história tem alguma ligação estranha com as FARC, as FARC que, coincidência ou não, já foram defendidas por Chavez, o velho amigo de Lula. E para quem acha que esta ligação é mera intriga da oposição, peço que leiam a seguinte frase e digam se continuam pensando o mesmo:
“Se, em um continente como o nosso, um índio e um metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das FARC, disputando eleições, não pode?”
Só fico pensando, mas o que será que nosso célebre analista político quis dizer com “um continente como o nosso”? Seria por acaso o “continente da Mãe Joana”???

E, como se apenas aliar-se a tantos verdadeiros bandidos não bastasse, ele coloca toda sua equipe (ou seria melhor dizer quadrilha) em todos os cargos mais importantes do país, transformando essa máquina já um tanto sedentária e obesa numa criatura que beira a bizarrice. Será que o fato de haver apadrinhados de Lula envolvidos tanto no caso do Apagão que atingiu 18 Estados brasileiros quanto no caso do Caos aéreo que vivemos no passado e continuamos vivendo não são indicativos de que algo vai mal na nomeação de ocupantes de cargos estratégicos e de confiança? O próprio Lula declara que não vê problema algum em nomear para estes cargos pessoas que não possuem conhecimento técnico nenhum. Oras, claro que não vê problema, a única coisa que é um problema para Lula é que alguém fale qualquer coisa que seja contra seu governo!


E vejam a que ponto chega a irresponsabilidade do nosso querido governante.
Lembram-se do desmoronamento ocorrido no Rio de Janeiro? De proporções gigantescas e matando milhares de pessoas? Pois bem, existe um fundo de prevenção de desastres que é distribuído entre os Estados. O responsável é Geddel Vieira Lima, aliado do governo, na época cotado a disputar o governo da Bahia. Pois bem, Geddel alocou para esta mesma Bahia nada mais nada menos que 61% da verba! E para o Rio... bom, para o Rio generosos 1%!


Bom mas, voltando, se Zé Dirceu, José Genoíno, Palocci, Sarney, Collor, Fidel Castro, Hugo Chavez, Ahmadinejad e as FARC são os aliados de Lula, quem são seus inimigos?


Hoje os principais arqui-inimigos de Lula parecem ser FHC (que já convidou Lula gentilmente para um embate direto de idéias, caso ele tenha coragem) e ninguém mais ninguém menos que a imprensa brasileira.


Já dizia Gabriel Pensador em sua música “Se liga aí”: “A gente pensa que é livre para falar tudo que pensa, mas a gente sempre pensa um pouco antes de falar”, ou então: “Liberdade relativa não é liberdade”.


E a verdade é que a situação atual é mesmo bastante parecida com a relatada na música (infelizmente). Isso é bastante notório para quem presta atenção nos discursos inflamados de Lula, e podemos citar como exemplo o evento direcionado a catadores de lixo, estimulando-os a eliminar “intermediários” que pensam ser “formadores de opinião”.
Em outro evento, ao lado de José Sarney, diz que a mídia diz o que diz porque, desde o início, “ficam torcendo para o Lula fracassar”, e porque acham que podem “inventar coisa o dia inteiro”.
Lula também diz devemos “ler a imprensa internacional” porque ela gosta do Brasil. E diz que a imprensa nacional não enxerga. Será mesmo que toda a imprensa nacional persegue o Lula???
Seu Pit Bull feroz José Dirceu também resolveu manifestar sua opinião e disse que o Brasil sofre de “excesso de liberdade e de direito de expressão e de imprensa”. Oras bolas, ou a imprensa é livre ou ela não é livre. Mais uma vez voltando a Gabriel, o Pensador, “Liberdade relativa não é liberdade”.



Mas não só de ameaças vive o relacionamento Lula x Mídia, também há golpes diretos e sem piedade na boca do estômago da nossa imprensa perseguidora de presidentes.
A “Conferência Nacional de Comunicação” (CONFECOM), nascida com apoio do PT, apóia, entre outras coisas, a criação de um “observatório de conteúdos midiáticos”, que faria uma, digamos assim, revisãozinha prévia do conteúdo a ser veiculado pela imprensa.
Esta tentativa se repete no “Programa de Direitos Humanos”, assinado pelo Presidente Lula e que ataca descaradamente a liberdade de imprensa tentando criar uma “comissão para controle dos meios de comunicação” (disse o Lula que assinou com pressa e sem ler, acho que foi com ele que Dona Dilma aprendeu a ler livros... às pressas e só aos domingos... mas pelo menos ela trocou a cachaça por novelas, o que é mais saudável... ou não... sei lá...).
Esta aberração, obviamente e não sem motivos, causou enorme revolta entre os integrantes da imprensa.
E, fora os diretos de direita (ou seria de esquerda? Hummm... agora me confundi), houve também precisos ganchos que acertaram a liberdade de imprensa diretamente em “seu queixo”, levando-a irremediavelmente à lona. Este foi o caso da censura ao jornal “O Estado de São Paulo”, conseguida pela família Sarney que é tão protegida e amada pelo presidente Lula.
Esta seqüência de ataques à imprensa já está sendo vista como a maior investida contra a imprensa desde os tempos da ditadura militar!


Ah sim! Entre esta e outras aberrações, diz o decreto que a posse de uma terra, ao ser invadida, passa a ser de direito do invasor, não podendo o invadido “apelar” para a justiça. Fica clara aí mais uma forte aliança do “Sr Presida” (como diz Marco Luque), o MST!
Que invade fazendas, destrói pesquisas realizadas durante anos, depreda, mata e, após tudo isso, recebe apoio incondicional.



Bom, mas para concluir, NÃO! Não sou a favor de Serra (apesar de que admiro o empenho que ele teve em trazer para os brasileiros o benefício dos remédios genéricos e em criar um programa contra a Aids elogiada internacionalmente), sou CONTRA A DILMA, ou melhor, contra o PT, ou melhor ainda, CONTRA O LULA.
Talvez os políticos sejam mesmo todos iguais, porém a questão aqui é que:
“Todos os políticos são iguais, mas uns mais iguais que outros.”
Como já se apregoava na Revolução dos Bichos.
Não tenho absolutamente nada contra a Dilma, aliás, nem conheço a Dilma. Aliás, quem conhece a Dilma além do próprio Lula??? Como já disse o “sóbrio” e “centrado” ex-candidato a presidência Plínio de Arruda Sampaio, Dilma não passa de uma invenção, de um blefe!


Tanto é que Lula, durante seu governo, ao invés de governar ficou passeando com Dilma pra cima e para baixo, exaltando suas qualidades, sua competência... mas quando acusado de propaganda antecipada, disse que isso era um absurdo, já que, “oficialmente”, ela não era candidata a presidência.
Ao levar multas e mais multas, Lula simplesmente tirou um sarro das leis eleitorais.
Lula deveria estar cuidando de interesses do país, afinal ele ainda é o presidente (infelizmente), mas ao invés disso fica fazendo campanha para sua marionete.


E, para falar a verdade, não tenho nada contra os planos de governos de Lula ou Dilma, afinal, em grande parte são prosseguimentos dos governos anteriores. Aliás, Lula é o único presidente cujo maior mérito é não ter cumprido nada do que prometeu, porque se cumprisse estávamos perdidos! Sairia estatizando tudo, daria calote na dívida com o FMI, romperia relações com os EUA, apoiaria os sindicalistas e grevistas etc etc etc...
O verdadeiro perigo é colocar no poder um presidente (ou sua fantoche) que, sem pudor algum, faz alianças com pessoas como Sarney, Collor, Fidel, Ahmadinejad e até mesmo as FARC; usa a máquina do governo para benefício próprio e de seus comparsas; mente descaradamente sobre fatos passados e transfere sempre a culpa para alguém ou alguma coisa; mente descaradamente sobre feitos conseguidos; debocha das leis e se diz superior, não só a elas, mas a qualquer mero mortal, já que se considera mais próximo de um messias do que de uma simples “pessoa humana”; e,apesar de tudo isso, tem uma aprovação de mais de 80% da população! Alguns consideram isso uma “ditadura populista”, e é a isso que chamo de “uma ditadura consentida”, a qual é, potencialmente, muito mais perigosa do que uma ditadura conseguida com base nas armas ou na força bruta.


Se você, bravíssimo leitor, conseguiu chegar até aqui, recomendo que dê uma olhada nos posts anteriores, e tenho certeza que, desta vez, encontrará muito mais semelhanças entre o porco Napoleão de “A Revolução dos Bichos” e o nosso porco “Napolulão”.


Bom, talvez algum PTista que chegue até aqui, mesmo diante de todas as provas e evidências, diga: “Mas isso é um complô da mídia contra o Lula!”.
Bom, vejamos, “desfilaram” por esse Post:
Folha, Estadão, Veja, Época, Globo.com, O Globo, Terra, Reinaldo Azevedo, Ricardo Noblat, Willian Bonner, Alexandre Garcia, Zileide Silva, Merval Pereira, Arnaldo Jabor, Maria lydia, Hermano Henning, Joelmir Beting entre outros.
Será mesmo que todos estes veículos de imprensa e jornalistas / apresentadores perseguem Lula??? Será que ele não faz nada de errado e é perseguido gratuitamente??? Eu tenho minhas dúvidas!!!


Bom, e para aqueles que, mesmo depois de tudo isso, ainda não se convenceram de que o PT não é uma boa opção de governo, então esqueçam tudo isso que escrevi e lembrem-se apenas disso:




P.S.: Faixa bônus encontrada durante pesquisas, só para relaxar um pouco após um assunto tão tenso.
- Mas espero que não voltem não! ;) -

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Porcos, presidentes e a ditadura consentida – Parte III

(Obs.: Para melhor entender este Post, comece com a leitura de sua Parte I)

Está sendo bem interessante escrever os Posts enquanto um novo capítulo na história do Brasil vai se desenrolando. Netinho ficou mesmo de fora, o que mostra que ainda resta um pouco de bom senso para o brasileiro.

O Tiririca foi eleito, mas eu acho que isso mostra apenas que o brasileiro não sabe o que faz um deputado e por isso não entende as conseqüências de eleger um deputado ruim (se é que faz mesmo diferença, neste jogo de cartas tão marcadas).
O segundo turno tá aí... e o Serra até não está mal. No debate da Band foi incomensuravelmente superior, mas acho que debate no Brasil não decide eleição.


Mas voltemos ao assunto principal.
Conforme prometido, neste Post escreverei um pouco sobre a reação de alguns personagens em relação a este novo império suíno que surgia.
No Post anterior foi citada a blindagem feita em torno de Napoleão. Para que isso acontecesse, alguns personagens foram de extrema importância.

Havia, por exemplo, alguns cachorros ferozes e extremamente bem treinados que cuidavam de fazer todo o serviço sujo necessário, enquanto Napoleão prosseguia ileso.
E, quando algum serviço sujo era descoberto, “coincidentemente” logo aparecia um culpado que confessava ter causado todo o mal, e após ser devidamente “desmascarado” sumia por “algum motivo qualquer de força maior”.


Havia também outros personagens que, no decorrer da história, estranhamente voltaram a manter contato com Napoleão. Os humanos.
Pode parecer estranho, mas é isso mesmo que aconteceu. Após serem expulsos da fazenda, eles voltam a negociar com Napoleão, para prestar favores a ele ajudá-lo a expandir seu poder de influência e seus domínios.
Humanos que outrora eram o grande mal do mundo, de repente não eram tão maus, e eram até necessários para que “os animais” prosperassem. E as alianças eram feitas, desfeitas e refeitas, conforme a necessidade dos porcos.

Outro fator muito importante foi calar a todos os que tentavam alertar sobre o que estava acontecendo e até mesmo aqueles que simplesmente questionavam se aquele reinado era realmente tão benéfico quanto aqueles líderes lhes diziam. No início realmente havia pouca desconfiança, e por isso também havia pouco falatório. Mas com o tempo foi necessário instaurar uma verdadeira censura sobre todos os animais, para que aquela imagem perfeita de Napoleão nunca fosse manchada.


Outros personagens também contribuíram para que o cenário se estabelecesse, embora não tivessem, isoladamente, tanto poder de influência.
É o caso, por exemplo, das ovelhas. As ovelhas eram muito numerosas, e eram também muito faladeiras. Como não eram muito espertas e eram bastante influenciáveis, sempre se limitavam a repetir aquilo que lhes parecia mais atraente, e por isso repetiam incessantemente tudo o que diziam os “bem intencionados” porquinhos. Isso não só confundia aqueles que ainda estavam meio indecisos, mas também fazia com que aqueles que queriam se expressar ou questionar desistissem em meio a tanta confusão.

E, em meio a tantos personagens, a única conclusão a que se pôde chegar foi que: “Todos os animais eram iguais, mas uns mais iguais que outros”.



E como acaba a história dos pobres animaizinhos?
Bem, se eu contasse não teria mais graça ler o livro, mas uma coisa posso garantir... ela acaba exatamente como a nossa...
Nós que, acredito eu, “somos todos animais, mas uns mais animais que outros”...


Sem referências a nenhum grupo em particular... ;)

P.S.: Os Posts sobre a Revolução dos Bichos acabaram, mas o próximo Post terá todos os paralelos reais com o governo do nosso companheiro Presidente (vulgarmente agora conhecido como “mano Lula”).

domingo, 3 de outubro de 2010

Porcos, presidentes e a ditadura consentida – Parte II

(Obs.: Para melhor entender este Post, comece com a leitura de sua Parte I)

A apuração das urnas está rolando enquanto escrevo.
Por enquanto parece que teremos um segundo turno presidencial. Parece também que Netinho (candidato do nosso querido presidente “mano Lula”) ficará em terceiro e, por isso, não será eleito. Existe ainda uma luz brilhando lá no céu! Espero que não seja o Aero-Lula...
Mas enfim... enquanto não sabemos o resultados das eleições... concentremo-nos no livro...


Como já foi dito, a história se passa numa fazenda, onde os animais, cansados de tanto trabalhar, sofrer e servir, recebendo apenas o mínimo necessário para sobrevier, se revoltam contra os homens (donos da fazenda), que apenas se utilizam de seus serviços e ficam com toda a mordomia e riqueza.

A revolta começa com um grupo de porcos bem intencionados, que idealizam um novo modo de vida e planejam um modo de alcançá-lo.
No começo, os animais eram todos iguais, lutando pelos mesmos ideais e contra os mesmos “inimigos”. Porém, os porcos eram mais espertos, inteligentes e tinham um senso de liderança natural e, por isso, aos poucos, tornaram-se os líderes deste movimento.

Depois de alguns planos a revolução acontece. Os animais realmente tomam o controle da fazenda e os humanos são expulsos de lá. Mas o que parecia o fim dos problemas era na verdade apenas o começo.


Surge uma liderança forte, alguém que parece ter o controle sobre a situação, Napoleão, que logo coloca os porcos em uma posição privilegiada de comando, e, com isso, torna justificáveis todas as suas arbitrariedades e privilégios. Vamos ver agora como isso ocorreu e no que resultou.

A primeira grande estratégia foi criar 2 mitos opostos e bem categorizados.
De um lado o BEM e do outro o MAL. De um lado eles (os porcos), e do outro lado os outros (os terríveis humanos).
Isso foi fortemente firmado na cabeça de todos os animais através de uma frase simples (o que era muito importante, porque boa parte dos animais não era muito esperta), porém muito forte e clara: “4 pernas bom, 2 pernas ruim”.
Outra forma de deixar isso bastante claro na cabeça da cada animal foi usar uma ameaça constante de algo terrível que voltaria: “realmente estamos passando por momentos difíceis, mas vocês querem que os humanos voltem? É isso que vai acontecer se os porcos não estiverem no comando!”.


Como boa parte dos animais não eram muito espertos e tinham uma memória relativamente curta (qualquer semelhança com o mundo real é mera coincidência), a repetição foi uma arma de extrema importância para os porcos. Repetia-se incessantemente que tudo de ruim que era falado era meramente intriga da oposição. E repetia-se incessantemente também que tudo de bom era mérito único e exclusivo do grandioso governo suíno.

Outro fator importante foi a blindagem feita em torno de Napoleão. Sempre que algo grave acontecia, de repente (e não mais que de repente) alguém aparecia como sendo o culpado por tudo. Um sabotador da base inimiga ou um traidor da base aliada. Mas ele era sempre rapidamente silenciado e “crucificado”.
Quando um serviço sujo precisa ser executado havia sempre quem o executasse por Napoleão, que estava sempre com suas “mãos” “limpinhas”.


De modo que a base pra criação do mito foi:
A criação de 2 mitos opostos e a “deificação” de um dos lados paralelamente à “demonização” do outro.
Conseguida através da repetição incessante e de um profundo conhecimento dos medos e pontos fracos dos animais dominados.

Cada animal teve sua parcela de culpa na história, por ingenuidade, omissão, ou mera conveniência, mas estes detalhes conheceremos no próximo Post...

P.S.: Segund Turno confirmado! E Netinho praticamente desclassificado! Uhu! :)

sábado, 25 de setembro de 2010

Porcos, presidentes e a ditadura consentida – Parte I

Aproveitando a véspera da eleição, tentarei fazer uma breve análise do porquê de Lula ter uma taxa de aprovação tão grande, e de porque, ao que parece, ele conseguirá praticamente sozinho eleger a próxima presidente da nação.




Sempre procuro escrever no Blog sobre coisas que aparentemente não têm nada a ver uma com a outra, mas que no fundo têm. E, lendo o livro “A Revolução dos Bichos” (tradução de “Animal Farm”), percebi nitidamente fortes ligações da história contada no livro com a trajetória de Lula no poder.
E as semelhanças não param por aí, já que o livro em si já é uma sátira de outro fato ocorrido no passado. O comunismo disseminado pela já extinta União Soviética.


Bom, mas do que se trata a história afinal?
Para os que não a conhecem, trata-se da história de uma revolução ocorrida em uma fazenda. Uma revolução dos animais da fazenda contra os seus opressores, os fazendeiros.
A revolução se inicia embasada em argumentos bastante justos. Os animais trabalhavam sem parar na fazenda, ofereciam lã, leite, ovos e até mesmo a própria carne. E, no entanto, todo o lucro e conforto ficavam apenas para os fazendeiros.

A revolução foi liderada pelos porcos, os animais mais inteligentes da fazenda, mas aí é que estava o problema! Sendo eles tão mais inteligentes que todos os outros animais, não resistiram à tentação de dominá-los.
Mas, diferente do domínio dos humanos, não foi obtido na base do chicote, das cercas, da força ou do cabresto (pelo menos não de forma aberta).

E como, então, foi conseguida a liderança?
A origem de tudo foi a certeza por parte de todos os animais de que os humanos eram a origem de todos os seus problemas. Os porcos, a essa altura, ainda não eram os líderes. Os animais eram todos um único grupo, unidos em torno de um objetivo comum. Tomados pela empolgação de que tudo poderia (e deveria) mudar, e impulsionados por ideais e desejos que rapidamente se alastraram, logo conseguiram expulsar os humanos da fazenda e tomaram o poder para si mesmos.


Os porcos não se impuseram como chefes, líderes ou donos de qualquer coisa. Eram apenas os que, “por coincidência”, eram os mais preparados, e por isso se “sacrificariam” para liderar os animais rumo a uma vida nova e muito melhor.
Aos poucos os porcos foram obtendo cada vez mais vantagens em relação aos outros animais. Melhor comida e em maior quantidade; melhor moradia, mais segura e mais confortável; e, além disso trabalhavam cada vez menos, enquanto os outros animais trabalhavam cada vez mais, até chegar ao ponto em que já estavam trabalhando mais do que sob o domínio dos homens.

Mas, ainda assim, os animais continuavam se dedicando, continuavam apoiando os porcos e dando suas vidas por eles. Estavam novamente sendo explorados e vivendo uma ditadura perversa e opressora. Mas, desta vez, sentiam que esse era o caminho, sentiam que esta era a melhor opção, estavam cegos com relação a todos os absurdos que agora voltavam a viver.


Era uma nova ditadura mas, desta vez, uma ditadura consentida.


Como isso teria sido conseguido? E que semelhanças teria com o índice de aprovação de Lula, que gira em torno dos 80%?


Para saber, leia os Posts que serão publicados em breve!

sábado, 28 de agosto de 2010

Eram os Deuses Internautas? (Parte II)

Num ninho de Avidianos tinham 3 Avidianozinhos...


Mas hein? Que são os Avidianos???

Avidianos são seres “primitivos” que estão neste momento confinados em um espaço limitado e com recursos limitados e necessitam sobreviver.
Como possuem um ciclo de vida curto e um alto poder de reprodução acabam evoluindo muito rapidamente, com mutações benéficas sendo re-transmitidas e melhoradas de geração em geração.


Estudar seres com estas características talvez seja a melhor forma de entender como nós mesmos chegamos aonde chegamos... de saber como a primeira fagulha de vida disparada por Deus (ou alguma outra coisa, pessoa, ou entidade) evoluiu e, de uma simples criatura unicelular (ou até mais simples que isso) chegou até nós, humanos, com toda nossa “inteligência” e poder de “moldar o mundo” de acordo com nossas necessidades.



E, realmente, é isto o que alguns cientistas estão fazendo.
Mas o que mais surpreende é que os Avidianos não são microorganismos... não são vírus, bactérias e nem lactobacilos vivos (como os já mostrados em um Post anterior).
Eles são “pequenas criaturas” criadas em computador, com um ambiente e recursos simulados, seguindo a lei básica do “crescei e multiplicai-vos”.

A maioria provavelmente a esta altura deve estar se perguntando: “e qual é a importância disso???” (isso sem contar os que desistiram de ler assim descobriram que isso é mais uma “esquisitice do mundo dos informáticos”)
Mas, esta não é uma experiência tão ingênua quanto pode parecer à primeira vista.
A evolução não foi programada por um desenvolvedor de sistemas. Apenas um conjunto de regras básicas (como um DNA) iniciais foi programada, e estes “seres” evoluem conforme a boa e velha forma Darwinista de ser. Com as "necessidades" guiando as mutações e tornando os seres cada vez mais adaptáveis e preparados para vencer na lei do mais forte, destacando-se em relação aos menos preparados.



Bom, mas afinal, e o que tem isso demais???
De acordo com os resultados divulgados, estes seres já aprenderam a alocar memória para gravar informações, provavelmente já “percebendo” que guardar fatos passados pode ser uma vantagem competitiva muito grande que poderá permitir planejar com mais eficiência possíveis próximos passos.

E, agora, creio que os mais propensos às teorias conspiratórias já começam a delinear possíveis futuros acontecimentos.
Uma inteligência artificial preparada a partir de nosso próprio “arcabouço cultural” e que aprende apenas “pequenas novidades” já é algo que assusta a muita gente.
Agora, uma criatura com uma inteligência tão complexa quanto a de um ser que evoluiu do zero e criou seu arcabouço integralmente, o que poderia pensar???
E, considerando-se que sua principal característica evolutiva é a necessidade de sobrevivência em um mundo de recursos limitados, o que ela considerará necessário para sobreviver???

E o que esta nova “criatura” poderia fazer caso caísse na Word Wide Web (vulgo Internet) é algo que renderia um novo Post, mas deixarei isso em aberto para aqueles que gostam de uma boa trama dramático-científica. Certo Sony?



P.S.: Mais informações sobre a pesquisa podem ser encontradas no “Terra” e informações oficiais podem ser encontradas na New Scientist.

domingo, 15 de agosto de 2010

Eram os Deuses Internautas? (PARTE I)

Bom, internauta não é bem a palavra... a notícia vem do mundo dos programadores, mas esta foi a única palavra relativa à tecnologia que encontrei que me permitisse fazer este "trocadinho infame" com o título do livro "Eram os Deuses Astronautas", numa tentativa desesperada de chamar a atenção dos leitores depois de tanto tempo sem um único Post.



Mas, enfim, por que afinal este título para o Post?
Muitos cientistas já quiseram brincar de Deus e extrapolar os limites de um mero “observador” da vida.
Os geneticistas o fizeram desvendando todos os segredos de Deus na construção de um ser através do DNA (com o projeto Genoma) e, até mesmo, tentando construir seus próprios seres, através da clonagem e técnicas afins.
Os cientistas do CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear) já há algum tempo vêem trabalhando no LHC (Large Hadron Collider), na tentativa de re-criar, ou ao menos entender, o momento em que Deus criou todo o universo (o momento do Big Bang).

E, agora, parece ser a hora e a vez dos “informáticos” sentirem o gostinho de seus "5 minutos de divindade". Mas... o que eles estariam fazendo???


(Mais detalhes desta história no próximo Post, não perca!)

domingo, 28 de março de 2010

Hora do Planeta???

Obs.: Se estiver com muita preguiça, pule direto para a última imagem e leia o texto abaixo ;)


Hora do Planeta... que diabos é Hora do Planeta???
Seria o momento em que o planeta estaria completando 4.543.842.379 aninhos?



Ou seria aquele aguardado momento de quem foi criança há uns bons 15 aninhos atrás?



O dia das mulheres é comemorado devido ao trágico incidente que matou queimadas mais de 100 costureiras em um prédio sem as mínimas condições de segurança. O dia do trabalho é celebrado para relembrar as lutas e greves sindicais em prol de melhores condições de trabalho. Assim como toda data celebrada é celebrada por algum motivo.
Pois bem, procurei saber o significado do “Dia do planeta” e não encontrei. Ao que me parece, alguns australianos resolveram brincar de apagar as luzes e isso se alastrou até chegar ao ponto em que chegou.

Pois bem, estou criticando o “Dia do Planeta”? Não, não estou. Apenas não vejo muita lógica nisso. Que apagar as luzes durante 1 hora em um único dia da semana não vai ajudar em nada, isso qualquer um é capaz de deduzir, mas é claro que a idéia não é salvar o mundo com essa atitude, e sim conscientizar e chamar a atenção para essa causa.
Acho válido, mas sinceramente acho que, a essa altura do campeonato, com tantas teorias da conspiração, desde aquecimento global (que há quem diga que é balela) até vacas flatulentas causadoras de efeito estufa, quem ainda não se conscientizou é por pura conveniência ou hipocrisia mesmo.

Enfim, adiantando ou não adiantando, mal certamente não faz. Mas a questão é... não podemos pensar que, por termos apagado as luzes durante 1 hora uma vez no ano, já cumprimos nossa parte. Existem inúmeras atitudes que precisam ser praticadas diariamente, precisam fazer parte de nossas vidas, como os 3 Rs do consumo de material gerador de lixo ou poluição (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).



Bom, mas a idéia aqui não é orientar sobre as práticas ecológicas que devemos ter, pois para isso já existem milhares de Blogs específicos para o assunto.

A idéia do Post é divulgar este site:



O site é basicamente, utilizando as palavras do “IDG NOW!”, “um mecanismo de busca ‘ecológico’, baseado na Google Custom Search, a ferramenta do portal que permite a personalização da busca.”.
Além de permitir a realização de buscas e o acesso a outras ferramentas do google, o site tem um contador de acessos onde, para cada 50 mil acessos, uma nova árvore é plantada em algum lugar do Brasil.
Portanto, fica aí a dica... da próxima vez que você for usar o google, acesse através do site:

Dica: você pode também fazer do site a página inicial do seu navegador, assim, a cada vez que abrir o Browser, ajudará (de maneira concreta!) na salvação de nosso planeta ;)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Homenagem ao dia das mulheres



Bem, aproveito a data para prestar uma pequena homenagem ao dia das mulheres. As mulheres, em muitas culturas (e acredito que na maioria delas) vêm sendo sistematicamente ignoradas, subestimadas e desvalorizadas.

Mas, por que isso? Talvez tenha a ver com as religiões, que, pelo menos nas religiões ocidentais, sempre tendem a valorizar muito mais o papel do homem na representação das mesmas.
Há quem diga que Jesus, na verdade, teria deixado seu reino para Maria Madalena, e que os homens, enfurecidos e enciumados, teriam tratado de eliminar qualquer vestígio deste acontecimento para que os homens pudessem “tomar esse reino à força”.
Uma evidência um pouco mais facilmente detectável foi a caça às bruxas, que queimou vivas em fogueiras milhares de mulheres que tentaram dar um passo à frente e conquistar o seu espaço.

Na ciência talvez o favorecimento tenha se dado devido à precisão matemática com que a ciência precisou ser erguida. Talvez o início da ciência tenha realmente exigido a precisão, a lógica e a frieza analítica tão características dos homens.
Porém, tudo na vida tem seu ponto de equilíbrio, o ponto em que o Yin precisa dar lugar ao Yang, que o preciso precisa dar lugar ao incerto, o fragmentado ao integral, o físico ao metafísico, a quantidade à qualidade.


Porém, acredito que o exagero na super-valorização dos aspectos masculinos (Yang, na filosofia chinesa) em detrimento dos aspectos femininos (Yin) acabou sendo prejudicial à formação da base de nossa ciência, da sociedade e de toda a base do pensamento humano.
Partindo-se deste princípio, não seria difícil entender porque temos a tendência a fragmentar ao invés de integrar, de dominar ao invés de entender, de quantificar ao invés de qualificar, de procurar causas e efeitos ao invés de procurar por interações.

E é pelo fato de as mulheres completarem a nós homens de maneira tão perfeita, que o Blog Desnewtoniando deixa hoje sua homenagem a estes seres tão fascinantes e imprescindíveis nesta complexa teia de inter-relações.

Espero que, nós homens, um dia consigamos, com nossa maneira reducionista, simplista e racional, entender toda a complexidade que forma a alma feminina. Ou não, já que isso talvez acabasse com toda a graça do negócio.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Darwin “revisitado”: Quem nasceu primeiro? – Parte II

Esquecendo um pouco as outras abordagens, vamos analisar os políticos do ponto de vista da teoria evolucionista de Darwin:
Poder-se-ia concluir que quem nasceu primeiro foi o ovo. Uma hipotética “pré-galinha” (chamemos assim o animal que veio antes da galinha como a conhecemos) teria botado um ovo, mas, através de casuais mutações aleatórias, a suposta pré-galinha JR, dentro do ovo, teria se tornado uma galinha. Como a pré-galinha JR teria alguma vantagem competitiva, teria sobrevivido e prosperado, formando assim uma grande família de galináceos modernos.
(Utilizei o futuro do pretérito porque, logicamente, este texto saiu da minha cabeça e está totalmente sujeito a erros de natureza histórica e, principalmente, biológica)

Eu acredito que, se Darwin estivesse entre nós, diria que “O Político” teria nascido de um “Cidadão Standard” a partir de uma mutação aleatória (e maligna) e que, devido às suas “vantagens competitivas” de um predador nato muito mais adaptado ao ambiente hostil que se tornou a sociedade brasileira, prosperou e criou sua própria colônia, predando e arrasando tudo o que encontra em seu caminho.



Porém, holisticamente falando, poderíamos dizer que não há uma causa e uma conseqüência, num sistema newtoniano de transferência de energia.
Esta análise é feita sempre desta maneira porque fomos condicionados a pensar reducionistamente, algo tem que ser a causa e a outra parte passa a ser conseqüentemente a o efeito. Se não conseguimos detectar quem é quem, ficamos sem ação, não sabemos o que fazer.

E porque é que na política não podemos fazer esta análise newtoniana?
Acredito que as limitações encontradas neste contexto são as mesmas limitações encontradas pela ciência quântica moderna (mas logicamente isto é apenas uma analogia).

Aqui também não temos a possibilidade de um observador independente. Fazemos parte desta “experiência”. Influímos no que nossos políticos se tornam e eles influem no que pensamos sobre a política.
Além disso, a interação deve ser vista mais como um entrelaçamento de fatores e probabilidades de eventos que interagem entre si do que como uma simples interação Causa x Efeito.
Lidamos também com uma infinidade de eventos ocorrendo simultaneamente de uma maneira extremamente complexa e de uma forma que nunca podemos prever um acontecimento, apenas estimar probabilidades da ocorrência do mesmo.

Porém, alguém pode afirmar: “Mas os políticos são corruptos simplesmente porque é da natureza deles, isso não tem nada a ver com o povo”. Eu quase tenderia a concordar. Mas, é difícil não se questionar depois de ver este vídeo:


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Darwin “revisitado”: Quem nasceu primeiro? – Parte I


Como diz a música “Mucama” (de Toni Garrido, Bino Farias, Da Gama e Lazão), “O que esperar de uma nação que o herói é a televisão, que passa todos os seus meses mal e melhora tudo... no Carnaval!!!”?

Bem, o Carnaval já passou, e aproveito o ensejo para re-lembrar alguém que, com certeza, se deu muito bem neste carnaval: Geisy Arruda!
Após o fatídico escândalo envolvendo a própria e uma turba de primatas pós modernos ela deu a volta por cima e, agora, 5 litros mais magra (sim! 5 litros, não 5 quilos, pois ela fez uma lipo, rs) desfilou na escola de samba Porto da Pedra (coincidência ou não, diretamente da idade da pedra para o porto da pedra).

Mas, o que tem a ver a Geisy Arruda com Darwin???

Bom, o que eu gostaria de propor é o seguinte questionamento:
“Quem nasceu primeiro, o político oportunista ou o povo alienado???”

Este questionamento me surgiu quando, pouquíssimo tempo depois do escândalo de Geisy Arruda, o programa CQC (Custe o Que Custar) exibiu esta entrevista:


Achei impressionante como os comportamentos se assemelham. É esperado que um “ilustríssimo” deputado preze, no mínimo, pela moral e pelos bons costumes. Mas por que esperamos de um representante do povo algo diferente do que o próprio povo faz?

Mas, o quê geraria o quê? Será que políticos que eternizam a política do “dinheiro fácil” em troca de votos e que disseminam a ignorância visando “adestrar” seus eleitores é que criam um povo dependente que não consegue sair do buraco onde está? Ou será que um povo ignorante é que elege políticos pilantras e aproveitadores?

E se fôssemos pensar no assunto em termos do clássico problema do “ovo e da galinha”? Eu acredito que Einstein teria dito que esta é uma questão relativa, pois à velocidade da luz o pequeno Pré-Galinha JR poderia ter sua existência no espaço-tempo antes mesmo da Sra Pré-Galinha conhecer o Sr Pré-Galo; Schorodinger provavelmente diria que isso não tem tanta importância, pois a priori nenhum dos dois (Sra Pré-Galinha e o pequeno Pré-Galinha JR) existe até que um ser consciente ocasione o colapsamento das sub-partículas quânticas; já Colombo certamente teria largado mão desta pesquisa e proposto aos indagadores o desafio de fazer parar em pé o ovo da Sra Pré-Galinha (reproduzindo o desafio do Ovo de Colombo).

Mas, afinal, a que tudo isso nos leva????

Nos leva à “Parte II” do Post... não percam! ;)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Astronauta x Neurocirurgião

Aproveitando as discussões relativas ao que é real e o que é criação da mente, o que é "captável" e o que é "insondável", segue um diálogo fictício que pode nos fazer pensar um pouco:



Certo dia estavam conversando um astronauta ateu convicto e um neurocirurgião questionador.

O astronauta, do alto de seu ateísmo, zombou afirmando que já estivera no espaço inúmeras vezes, porém nunca avistou nenhuma divindade nos espiando lá de cima.

Ao que o neurocirurgião, sempre questionador, respondeu:
"Eu também já operei inúmeros cérebros de pessoas altamente inteligentes. E ainda assim, nunca vi um pensamento sequer."





(Diálogo baseado em trecho do livro "O Dia do Coringa", de Jostein Gaarder, mesmo autor de "O Mundo de Sofia")







segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Matrix Quântica II

Observação:
Este texto faz parte de uma coletânea (muito) maior que, aos poucos, será elaborada e publicada. Cada texto pode ser entendido separadamente, mas o ideal seria entendê-los dentro do contexto completo. Para facilitar a busca de todos os textos envolvidos, selecione, do lado direito da página, o seguinte tema: “Desnewtoniando: A Matrix Quântica”.

Todos os Posts sobre o tema estarão intercalados em meio aos outros Posts do Blog.



O mundo que vemos é apenas uma interpretação de nossos cérebros. E aquilo que chamamos de mundo real é apenas uma representação do mesmo, criado por nossas próprias mentes.

À primeira vista a idéia pode até parecer obra de ficção científica e até mesmo gerar alguns protestos.
Porém, em última instância, é isso mesmo que acontece e é bem fácil de demonstrar. Apenas não nos damos conta disso porque dificilmente paramos para pensar a respeito.
A noção que temos de mundo (pelo menos para os não cientistas) é, basicamente, o que captam os nossos sentidos. Aquilo que vemos (principalmente), aquilo que ouvimos, cheiramos, sentimos ou degustamos.


Nosso cérebro interpreta todas nossas sensações e experimentações do mundo ao redor e os guarda, formando assim uma representação de mundo. Mas esta representação é apenas uma aproximação (e bastante grosseira); algo sujeito a falhas e a limitações de captação, interpretação e armazenamento.



Além de todas as limitações e falhas inerentes, existe um ponto bastante importante. O cérebro não conseguiria trabalhar com todas as informações “disponíveis” no mundo ao nosso redor. Além da sobrecarga e das dificuldades de “processamento”, seria difícil focarmos naquilo que necessita de nossa atenção se trabalhássemos com a massa completa de dados. Por isso o cérebro possui um mecanismo natural de “descartamento

Para que se tenha uma vaga idéia de quanto nosso cérebro precisa simplificar as informações para que possamos interpretá-las e usá-las, basta vermos que nosso cérebro:
- Recebe informações a uma taxa de 400 bilhões de bits por segundo
- “Processa” apenas 2 mil bits por segundo

Isso representa o processamento de apenas 0,0000005% das informações disponíveis aos nossos sentidos.

E sendo assim, quão real é o mundo que temos dentro de nossas mentes com relação ao mundo que realmente existe fora delas?


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