segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Porcos, presidentes e a ditadura consentida – Parte III

(Obs.: Para melhor entender este Post, comece com a leitura de sua Parte I)

Está sendo bem interessante escrever os Posts enquanto um novo capítulo na história do Brasil vai se desenrolando. Netinho ficou mesmo de fora, o que mostra que ainda resta um pouco de bom senso para o brasileiro.

O Tiririca foi eleito, mas eu acho que isso mostra apenas que o brasileiro não sabe o que faz um deputado e por isso não entende as conseqüências de eleger um deputado ruim (se é que faz mesmo diferença, neste jogo de cartas tão marcadas).
O segundo turno tá aí... e o Serra até não está mal. No debate da Band foi incomensuravelmente superior, mas acho que debate no Brasil não decide eleição.


Mas voltemos ao assunto principal.
Conforme prometido, neste Post escreverei um pouco sobre a reação de alguns personagens em relação a este novo império suíno que surgia.
No Post anterior foi citada a blindagem feita em torno de Napoleão. Para que isso acontecesse, alguns personagens foram de extrema importância.

Havia, por exemplo, alguns cachorros ferozes e extremamente bem treinados que cuidavam de fazer todo o serviço sujo necessário, enquanto Napoleão prosseguia ileso.
E, quando algum serviço sujo era descoberto, “coincidentemente” logo aparecia um culpado que confessava ter causado todo o mal, e após ser devidamente “desmascarado” sumia por “algum motivo qualquer de força maior”.


Havia também outros personagens que, no decorrer da história, estranhamente voltaram a manter contato com Napoleão. Os humanos.
Pode parecer estranho, mas é isso mesmo que aconteceu. Após serem expulsos da fazenda, eles voltam a negociar com Napoleão, para prestar favores a ele ajudá-lo a expandir seu poder de influência e seus domínios.
Humanos que outrora eram o grande mal do mundo, de repente não eram tão maus, e eram até necessários para que “os animais” prosperassem. E as alianças eram feitas, desfeitas e refeitas, conforme a necessidade dos porcos.

Outro fator muito importante foi calar a todos os que tentavam alertar sobre o que estava acontecendo e até mesmo aqueles que simplesmente questionavam se aquele reinado era realmente tão benéfico quanto aqueles líderes lhes diziam. No início realmente havia pouca desconfiança, e por isso também havia pouco falatório. Mas com o tempo foi necessário instaurar uma verdadeira censura sobre todos os animais, para que aquela imagem perfeita de Napoleão nunca fosse manchada.


Outros personagens também contribuíram para que o cenário se estabelecesse, embora não tivessem, isoladamente, tanto poder de influência.
É o caso, por exemplo, das ovelhas. As ovelhas eram muito numerosas, e eram também muito faladeiras. Como não eram muito espertas e eram bastante influenciáveis, sempre se limitavam a repetir aquilo que lhes parecia mais atraente, e por isso repetiam incessantemente tudo o que diziam os “bem intencionados” porquinhos. Isso não só confundia aqueles que ainda estavam meio indecisos, mas também fazia com que aqueles que queriam se expressar ou questionar desistissem em meio a tanta confusão.

E, em meio a tantos personagens, a única conclusão a que se pôde chegar foi que: “Todos os animais eram iguais, mas uns mais iguais que outros”.



E como acaba a história dos pobres animaizinhos?
Bem, se eu contasse não teria mais graça ler o livro, mas uma coisa posso garantir... ela acaba exatamente como a nossa...
Nós que, acredito eu, “somos todos animais, mas uns mais animais que outros”...


Sem referências a nenhum grupo em particular... ;)

P.S.: Os Posts sobre a Revolução dos Bichos acabaram, mas o próximo Post terá todos os paralelos reais com o governo do nosso companheiro Presidente (vulgarmente agora conhecido como “mano Lula”).

4 comentários:

Unknown disse...

Acho que a censura você não vai achar paralelo, mas tudo bem...

Não entendi o lance do Hannibal...

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Vixe... é o que mais vai ter, rs...
Aguarde...

O Hannibal está aí por causa da mordaça... e do "silêncio dos inocentes"...

Anônimo disse...

Aeeee Hidas! Fiquei feliz em visitar o seu blog! Não tenho nenhum comentário a fazer, porque não li! rs! Mas agora terei mais tempo no novo serviço e vou acompanhar!

Um beijo,
Aline Perez

Fábio Hideki Kawauchi disse...

hehehe... Aline!!! Legal que você possa acompanhar... se continuar assim, de repente um dia a gente consegue até marcar um almoço! hahahahahaha

Bjs! E espero q goste!

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