sábado, 28 de novembro de 2009

A Matrix Quântica I

Observação:
Este texto faz parte de uma coletânea (muito) maior que, aos poucos, será elaborada e publicada. Cada texto pode ser entendido separadamente, mas o ideal seria entendê-los dentro do contexto completo. Para facilitar a busca de todos os textos envolvidos, selecione, do lado direito da página, o seguinte tema: “Desnewtoniando: A Matrix Quântica”.
Todos os Posts sobre o tema estarão intercalados em meio aos outros Posts do Blog.


Bom, antes de falar do assunto propriamente dito, seria interessante assistir ao vídeo abaixo.
Trata-se de um vídeo onde há alguns jogadores de basquete com roupas brancas e outros com roupas pretas. Ambos ficam trocando passes e o objetivo é contar quantos passes são trocados entre os jogadores de roupa branca.
Importante: não continue lendo o texto sem antes ver o vídeo!!!





Discussão:
Você provavelmente acabou não percebendo uma parte muito importante do vídeo, certo?
Entre todas as pessoas que conheço e que assistiram ao vídeo, realmente, todas deixaram este detalhe passar (inclusive eu, logicamente). E a propósito, se alguém quiser comentar o resultado do teste nos Comments do Post, será uma ajuda muito bem vinda!
Mas, afinal, por que isso acontece?

Bom, existe uma explicação mais óbvia e simplista: “eu estava prestando atenção nas bolas de basquete, não nas pessoas”. Mas será que esta explicação por si só engloba toda a extensão da “problemática” apresentada?

Tudo bem, tudo bem... este início de discussão pode estar parecendo aquelas propostas de “Best Sellers” oportunistas e sem fundamento, que dão voltas e mais voltas, “floreiam” o texto até não poder mais, mas de concreto não apresentam nada. Entretanto, gostaria de pedir um crédito e solicitar que leiam alguns Posts mais; e, caso os Posts não estejam agradando, digam-me com toda sinceridade.

E, apesar dos riscos de rejeições, gostaria de propor algumas indagações:
- Até que ponto não estamos deixando escapar, em nosso dia-a-dia, momentos, sensações, objetos, fatos ou qualquer outra coisa?
- Até que ponto o que captamos do meio ambiente é uma percepção fiel da “realidade”?
- Vemos o que vemos porque é aquilo que queremos ver (confuso, não?) ou porque é realmente tudo o que existe para ser visto? (Isso é parte do “problema da medida”, da física quântica, apresentado em Posts anteriores).
- Qual a porcentagem de informações que realmente processamos e guardamos (conscientemente)? Quantas formiguinhas (ou qualquer outra coisa) em seu dia-a-dia você vê, mas nem se dá conta?
- Outro fato curioso: experimentos científicos comprovam que às vezes o cérebro “perde” informações por não ter “salvo em memória” um padrão “pré-absorvido” para interpretar alguma eventual informação visual. Qual seria o nível de coisa que estamos perdendo?

Os próximos Posts incluirão nessa “sopa” de indagações um fator que a tornará ainda mais confusa e intrigante. Quão complexa ficaria a interpretação de mundo se, além das tantas coisas que vemos e não entendemos (ou nem mesmo percebemos), acrescentássemos aquilo que é totalmente invisível a nossos olhos? E se tentássemos entender como nosso “corpo” interage com o mundo envolvendo o nível quântico dos átomos???

Aguardem próximos Posts!

36 comentários:

Unknown disse...

Também falhei no teste...rsrs...

Mas acho que na verdade a explicação mais óbvia e simples é que nós programamos o cérebro para ficar atento apenas no movimento das pessoas de branco e ignorar as de preto. Como o urso era preto foi ignorado assim como as outras pessoas de preto. Provavelmente se o urso fosse branco teríamos percebido.

Muito do que você falou faz sentido, mas acho que não dá pra extrapolar tanto assim o problema do vídeo. Aquilo aconteceu porque a complexidade em atingir o objetivo (contar os passes) era tão grande que nosso cérebro ampliou a concentração apenas naquilo que queríamos ver (costuma se chamar isso de "foco"). Mas mesmo que o narrador não tivesse nos contado sobre o urso, na segunda vez que assistíssemos o vídeo iríamos perceber, porque o objetivo já havia sido cumprido e a complexidade já não seria a mesma.

É por isso que quando estamos decidindo algo importante analisamos as coisas mais de uma vez. A cada vez que você analisa uma determinada coisa é capaz de perceber algo que não foi identificado das outras vezes. Isso também é feito em experimentos ou descobertas científicas. Mas sabemos que o tal “problema da medida da física quântica" não é uma questão de percepção do nosso cérebro e sim de fenômenos naturais de interação entre instrumentos e a experiência em si.

Apesar de forçar um pouco a barra gostei do post e do vídeo que trouxe mais interatividade ao blog. Tenho que confessar que se sua intenção com a última frase do post era nos deixar curiosos e ansiosos pelo próximo post.............................. pode ficar feliz porque funcionou...rsrs...


Abraço!


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Fala Rodrigo!

Então, tenho consciência de que a "extrapolação" do vídeo foi um tanto exagerada.... mais foi a maneira mais prática e simples que encontrei de demonstrar o quanto nem sempre "não termos visto algo" significa que "este algo não estava lá (e ainda mais, que não existia)".

E você está totalmente certo, programamos o cérebro para encontrar aquilo que queremos encontrar, mas quantas vezes já não devemos ter a perdido oportunidades de descobrir coisas novas ou fazer coisas de formas diferentes e melhores simplesmente porque restringimos demais o "foco" de nossa busca? Não vou me estender neste assunto pois fará parte de um dos próximos Posts, mas você não concorda que mesmo que o problema proveniente do vídeo seja "só" esse, já é um problema real?

E quanto à questão de a medição não ser uma questão de percepção, será que não é mesmo? Hoje sabemos que, quando se trata de física quântica, é preciso interpretar probabilidades de interações, mas se os cientistas não tivessem rompido uma "programação do cérebro" (um "foco") e achado o seu "urso preto", estaríamos até hoje tentando acompanhar uma sub-partícula isolada dentro de um átomo para medir sua posição absoluta e velocidade instantânea dado um eixo temporal absoluto (ou seja, espaço e tempo não relativos). E obviamente não encontraríamos nada disso. Sendo assim, não concorda que hoje só vemos a física quântica da forma como a vemos porque "re-programamos" nosso cérebro para admitir uma nova percepção? ;)

Ufa, mais emocionante que escrever os Posts é debater suas críticas (rs)!

Que bom que gostou do Post e melhor ainda que tenha ficado curioso! Mais do que qualquer outra coisa, a idéia do Blog é incentivar a curiosidade e o debate!

Grande abraço!

Unknown disse...

Concordo que o problema do vídeo é real, e apesar de não conhecer esse vídeo já havia visto outros vídeos ou exercícios onde o cérebro é enganado e deixa passar algo desapercebido. Mas o que eu quis dizer é que esse problema não acontece o tempo todo, apenas quando estamos diante de algo complexo tentando atingir um objetivo e a restrição do foco é proporcional a complexidade da situação. Mas você está certo, raro ou não, ele acontece.

Quanto ao “problema da medida da física quântica", concordo que houve uma mudança de paradigmas gerado por um conflito de conclusões de experimentos, em que o problema de percepção do vídeo pode servir como "analogia" e não no sentido real do que aconteceu.

Putz que merda, lendo o que eu escrevi comecei a imaginar um urso atômico passando do lado da experiência de Heisenberg, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk....


Abraço!


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

É isso aí! Você está começando a enxergar a "mulher de vermelho" que passa desapercebida nas intrincadas "linhas verdes" da "Matrix Quântica". :)

Unknown disse...

kkk...boa!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Resultado do teste: não vi o urso.

Nos prómios posts, seria bacana apresentar alguns dos 'experimentos científicos que comprovam que às vezes o cérebro “perde” informações por não ter “salvo em memória” um padrão “pré-absorvido” para interpretar alguma eventual informação visual.'. Fiquei bastante interessado nesses estudos, principalmente no 'padrão pré-absorvido de interpretação'.

Achei interessante a indagação de deixarmos '"escapar" momentos, sensações, objetos, fatos ou qualquer outra coisa'.

Abraços

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Bom, provavelmente detalharei melhor estes temas em outros Posts, mas não na série da "Matrix Quântica", pois iria desfocar um pouco do que tenho em mente.

Mas basicamente, os padrões pré-absorvidos funcionariam assim: cada coisa que vemos e interpretamos é montado em nosso cérebro através de sinapses que vão se moldando ao longo de nossas vidas. E quanto mais uma imagem se repete (ou qualquer outro pensamento) mais forte ficam as conexões sinápticas. Uma imagem totalmente inédita não encontra sinapses para realizar a correlação e, por isso, a princípio, não seria montada, apenas com um tempo maior de exposição da imagem é que o cérebro conseguiria fazer a interpretação.
A teoria toda é complexa e acho que também é um pouco controversa, então não daria para dar uma abordagem mais aprofundada aqui.

No caso das "perdas" de informações, acho que um exemplo que ilustra bem o que acaba acontecendo são os truques de ilusionismo. Por que as coisas acontecem bem diante de nossos olhos e não percebemos o truque? Entre outras coisas, é claro, porque nosso cérebro tende a tomar atalhos. Se há uma mesa no cenário, nosso cérebro pressupõe que não tem buracos, e acabamos tomando isso como verdade. Claro que é um exemplo bastante simplório, mas a idéia seria mais ou menos essa.

Mais detalhes que isso somente em outro Post futuro!

Abraços!

Unknown disse...

Há um tempo atrás estava andando pelo bairro junto com meu pai, logo após o almoço só para "fazer digestão" como ele costuma dizer, quando derrepente indago:
- Nossa, que bonito o novo portão do vizinho, um dragão vermelho com detalhes dourados!

Logo fui corrigido:

- Novo? Este portão está ai desde que nos mudamos, há 5 anos!

Como posso ter passado tantas vezes pelo portão e nunca tê-lo observado?!?!

Será que o pensamento em o que fazer ou deixar de fazer na empresa, na faculdade, na balada me impediu de observar o que estava ao meu redor?

Um chefe uma vez me disse "as vezes menos é mais". Não será a pura verdade?

Do que adianta pensar, pensar e pensar se na hora que for agir o cenário já mudou? Talvez o que tenha imaginado perfeito agora já é imperfeito, então por quê imaginar ao invés de sentir ou vivenciar?

Muitos me perguntam qual é a graça de sair numa moto para correr risco de ser derrubado, sofrer acidente, morrer na estrada?
A resposta é sempre na ponta da lingua:
- Você já teve vontade de sair sem destino sentindo o "gosto" dos lugares, os diferentes cheiros e ambientes de lugares nunca antes conhecidos, conhecer pessoas nunca antes vistas, mas que com um cumprimento e já se sentem velhos amigos?

Até agora nunca esperei a resposta, apesar de estar certo da afirmativa.

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Grande Glauco! Vejo que a área de computação, contrariando todas as expectativas e tendências, também cria alguns filósofos!

Bom, quanto ao comentário, acredito que na vida profissional e acadêmica se tivéssemos apenas aqueles que se apegam às minúcias teríamos fragmentos (de qualquer coisa, em qualquer área) perfeitos mas desconexos e inúteis.
Já se tivéssemos apenas aqueles que vêm o todo de forma superficial teríamos um conjunto de coisas bastante bem organizadas e contextualizadas, mas onde cada pedaço não conseguiria cumprir adequadamente sua própria função.

Uma analogia bastante comum é a de que, para vencer uma guerra, é preciso ter bons soldados lutando no corpo a corpo, mas muito importante também é ter alguém longe dos campos de batalha e que possa traçar estratégias sem ter que se preocupar com as urgências (adversário a meio metro de distância e com cara de poucos amigos); para citar o grande filósofo urbano Renato Russo: "um general de 10 estrelas que fica atrás da mesa com o c* na mão" (rs)

Bom, mas no que se refere à vida, concordo com você em gênero número e grau! É importante pensar no futuro e em todas as coisas que já estamos cansados de ouvir a sociedade dizer, mas quem não tem a capacidade de sentir prazer só por respirar um ar puro ou sentir o vento no rosto e sentir-se vivo não vive uma vida plena, por mais que tenha ao seu redor todas as conquistas materiais que tenha desejado um dia...

Certo? ;)

Unknown disse...

Inspirado pelos últimos comentários e sabendo que o Fábio gosta dessas frases aí vai uma frase que li num livro recentemente:

"Um especialista em resolver problemas deve ser dotado de duas qualidades incompatíveis: uma imaginação inquieta e uma paciente obstinação." (Howard W. Eves)


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Fala Rodrigo! Realmente uma frase que sintetiza brilhantemente essas idéias.

Conciliar essas duas coisas já é naturalmente difícil, mas temos nos dias de hoje 2 agravantes:
- Como ter uma imaginação inquieta numa sociedade onde a correria do próprio dia-a-dia já nos impede de sair do "operacional"?
- Como ter uma paciente obstinação numa sociedade onde tudo gira em torno do dinheiro, da venda a qualquer custo e da rentabilidade mesmo que em detrimento da qualidade?

Bom, fora os questionamentos, gostaria de registrar a minha surpresa e satisfação, já que este deve ser, provavelmente, o seu primeiro comment totalmente isento de questões científicas, rs (apesar de eu ter visto no Wikipedia que Howard Eves foi um matemático, rs).

Agradeço os comments sempre extremamente construtivos!

Abraços!

Rodrigo disse...

Fiz o teste e caí bonito. Meu amigo também, mas o curioso é que ele começou a rir exatamente na hora em que o urso apareceu. Pensei que ele tinha visto, mas não. Perguntei: "você lembra por que riu?", e a resposta "acho que estou mais conectado com o universo". De fato, faz sentido. Do inconsciente ao consciente o salto não é tão grande, é apenas uma questão de "in"...

Clarice disse...

Oieee!!!

Eu percebi o urso dançando! Aliás foi o único que me chamou atenção.

Hahaha

É que eu não tinha pego a fala do cara no início e não segui as instruções, isso vale??? rsrsrs

Só fiquei pensando que diabos os jogadores estão fazendo e quando vejo, tem um urso dançando lá no meio...rs

Talvez eu seja a mais perdida e talvez não haja uma única teoria para explicar os fenômenos da nossa existência e funcionamento.

Dependendo do ponto de vista, a forma de perceber as coisas são diferentes, não restringindo aquilo à uma única explicação.

Quanto ao Blog, também defendo a idéia de incluir mais vídeos - recursos visuais e interativos pra que vc possa transmitir suas idéias com maior propriedade, ou melhor, para que eu possa melhor compreender o seu ponto de vista!

Assim não fica algo tão técnico e pesado...

Bjnho!
Clá

Anônimo disse...

Concordo com a nossa amiga Clá com relação ao aspecto visual-interativo!
Sinceramente, ainda não tive oportunidade de ler os seus posts.. Hmmm, na verdade achei bastante denso, talvez minha preguiça não seja parâmetro, mas acho que vc já está quase lá, hehe!
Talvez o que eu fale não esteja compatível com o seu público-alvo, porém acho que este assunto pode criar uma nova segmentação (novos interessados).
Bem, falei, falei e nada falei!
De qualquer forma, mais uma vez boa sorte com o seu blog!
Abs!

Eric Salada

Unknown disse...

Clarice Ishikawa?

Desculpe, ainda ontem reparei que havia uma Ishikawa dentre os colaboradores do blog e agora vi seu comentário.

Sei que você já deve ter ouvido essa pergunta antes, mas não vou resistir em perguntar:

Você é descendente do grande Kaoru Ishikawa?


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Rodrigo:
Muito obrigado pela visit!
E realmente o salto de uma coisa à outra é bem pequeno, se você for pensar que nosso inconsciente e nosso consciente estão no mesmo lugar físico, o salto fica menor ainda! (na verdade vira um salto para dentro de si mesmo, rs).
Mas a mente é realmente algo muito misterioso e muito fascinantes... o limiar entre o perceber e não perceber, processar e não processar, compreender e não compreender é muito tênue, se é que ele existe.

Clarice:
Não! Sem ler as instruções não vale!!! rs... as instruções são passadas em inglês falado pelo narrador, escrito através das letras brancas no meio da tela e em português escrito através das legendas que alguém acrescentou. Isso, sem contar que estava escrito no texto do Blog logo acima do vídeo!!!! rs
Mas, de qualquer forma, muito obrigado pelo Comment.

Bom, mas, aproveitando a deixa, gostaria de comentar uma coisa.
Realmente todos os homens deixaram passar "em branco" o urso preto. Poucas pessoas o viram e, entre as que viram (e ,além disso, viram as orientações, rs) todas eram mulheres. Acho que isso seria um bom tema para um próximo Post!

Unknown disse...

o Eric com preguiça? que novidade....kkkkkkkkkkkkkkk...

a preguiça é tanta que esqueceu até de por o nome....kkkkk....só....rs...

Brincadeira!

Abraço!


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Acho que terei que escrever um Post sobre este momento... quando comecei o Blog eu pensei "quem é que vai ler isso???"
Mesmo assim comecei a escrever. Gosto bastante de escrever (ohhh!!! Não diga! rs), e por isso mesmo pensava "Bom, se ninguém ler, ainda sim estou no lucro. Afinal, estou fazendo algo que gosto".
Ver um momento em que uma "enxurrada" de comments chega de uma vez, inclusive com a interação entre leitores realmente é algo que chega a emocionar (rs).
Agradeço a todos imensamente pelos comments.

P.S. para o Rodrigo Letang: apesar de a Clarice estar entre minhas colaboradoras, não sei se ela é parente do grande Kaoru Ishikawa, a bem da verdade também não sei quem é o grande Kaoru Ishikawa (rs), estou neste momento indo agora dar uma "googlada" para ver se encontro!
P.S. 2 para o Rodrigo Letang: Não só o Eric esqueceu de por o nome como deixou 2 comments iguais, rs... e eu apaguei um deles, hahaha... graaaaande Eric!!!

Unknown disse...

isso aqui tá parecendo chat...rs...

Quanto a Ishikawa, ouvi falar dele pela primeira vez nas aulas de "Probabilidade e Estatística" no 2º ano no do curso de engenharia, mas o seu famoso "diagrama Ishikawa" ou "diagrama espinha de peixe" ou "diagrama causa e efeito" foi citado outraz vezes durante o curso ou mesmo na empresa onde trabalho por profissionais do setor da qualidade.

Ishikawa foi um grande engenheiro que revolucionou a área de controle de qualidade e ficou famoso pelo tal do diagrama e outros conceitos...


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Última resposta da noite:
Realmente virou um chat, rs... mas essa era a idéia do Blog... movimentar opiniões.
Que ótimo que está funcionando!

E quanto ao "grande Kaoru Ishikawa", esses diagramas eu já tinha ouvido falar sim, mas não me lembrava do nome de Ishikawa. Se já ouvi o nome em algum momento então acabei não associando à Clarice.

É... são as muitas coisas nesse mundo que passam por nossos olhos mas acabamos não captando...

Clarice disse...

Olá Rodrigo,

Bom, realmente muitas pessoas já fizeram essa pergunta e já estou acostumada ser idolatrada (rs) quando digo meu sobrenome. Isso porque, trabalho em uma Consultoria de Logística, área em que o Diagrama de Ishikawa é bastante utilizado.

MAS, infelizmente, não tenho nenhuma ligação com o tal, pelo menos até onde eu saiba! rs

Hideki,

Agora que vi que as instruções do vídeo foram descritas logo acima... hahahaha
(Acho que tô dentro do time do Eric! rsrsrs)

Mas é o que te falei, assimilo com muito mais facilidade se tiver algum recurso visual...

Apesar da minha lerdice, pelo seu comentário, a mulherada tá com tudo né?! hahaha (Sim, tenho que defender a ala feminina no meio de tantos homens!)

Mas acredito que esta questão esteja relacionada à diferença do desenvolvimento cerebral em homens e mulheres, a conhecida história do hemisfério esquerdo x hemisfério direito.

As mulheres são muito mais sensíveis à percepção do que os homens... ou não?

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Bom, o que sei é que a "história do hemisfério esquerdo x hemisfério direito" faz com que as mulheres tenham 2 x mais eloqüência para falar, falar e falar! rs (isso é um dado científico).

Quanto ao que acontece no vídeo, uma hipótese que conheço é a de que os homens precisavam caçar, fixar o foco na presa, a dezenas de metros de distância, e abstrair o seu redor, não deixar que nada o distraísse.
Já a mulher precisava cuidar da prole e da casa. Um pequeno movimento estranho nas proximidades poderia representar um grande risco a seus "filhotes" (chamo de filhotes porque estamos falando de uma época em que os humanos eram praticamente macacos), como uma cobra, um escorpião ou algo do gênero.

Ou seja, homens precisavam "desligar" os "ursos dançarinos" que, na atividade deles, só atrapalhava, enquanto as mulheres tinham que ter uma alarme natural para estranhos "ursos dançarinos" rondando sua casa e filhotes.

Para mim faz sentido. Que acham? ;)

Maria Santos disse...

Eu disse ao dono do Blog que essa idéia dele iria dar muito o que falar,mas pelo visto ele não acreditou muito em mim não foi mesmo Fábio?Pois bem aí está um trabalho muito bem elaborado e o resultado disso é nítido pela participação dos seus seguidores parabéns pelo trabalho pelo sua dedicação e vá em frente você tem talento.Mostre,informe arranque do seus leitores participação as opiniões aqui estão simplesmente maravilhosas tenho acompanhado mas ainda não tinha participado.Mas agora que ví uma mulher e disposta a defender o nosso espaço aqui estou pensando em entrar para o Grupo tem muito homem e pouca mulher.Espero ser aceita...Rs Abraços..

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Partes x todo, objetividade x subjetividade, matéria x espiritualidade, masculino x feminino, visões diferentes, que às vezes parecem opostas, mas que não acredito nem um pouco que o sejam. Muito pelo contrário, acredito que são visões complementares que, apenas juntas, é que formam uma visão integral de mundo...

Acho muito interessante que um Blog mais voltado à ciência (área geralmente de predominância masculina), esteja tendo esses Comments femininos... :)

Mulheres! sigam comentando!!!
:)

Clarice disse...

Primeiramente, Maria Santos (e mulherada), estejam comigo!! hahaha

Hideki,
Faz todo sentido o seu ponto de vista acima.
E acredito que colabora com a questão do hemisfério esquerdo X hemisfério direito: Os homens são muito mais racionais (atenção concentrada em resolver o problema do vídeo - contar os passes do time de branco) e as mulheres muito mais sensíveis (seja a detalhes ou qquer outra coisa - talvez o urso preto deva ter despertado alguma emoção...rsrsrs)

Será que se o urso fosse uma mulher, vocês teriam a percebido??

rsrsrsrs

Maria Santos disse...

Oi Clarice, Com certeza estaremos juntas e espero que outras mulheres façam o mesmo inclusive para o bem nos homens..rsrs Mas como eu sou extremamente contra aquele ditado que diz o seguinte que:Atrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher gostaria de pedir permissão aos Excelentissimos cavalheiros que colabaram com este Blog para mudar a frase citada acima para a seguinte:Ao lado de um grande homem sempre existirá uma grande mulher
porque como disse a nossa amiga Clarice..
atenção concentrada em resolver o problema do vídeo - contar os passes do time de branco) e as mulheres muito mais sensíveis (seja a detalhes ou qquer outra coisa - talvez o urso preto deva ter despertado alguma emoção...rsrsrs)

Será que se o urso fosse uma mulher, vocês teriam a percebido??
Eu acredito que se estivesse trajando uma roupa diferente mas sensual com certeza os homens teriam visto sim,mas com aquele traje e sua dança nada sensual passou batido o pobre urso sorte dele que Nós mulheres somos mais sensíveis e logo percebemos sua presença em quadra..rsrs
Reflexão:
Homem x Mulher
É preciso saber dividir,
ter coragem de ceder, doar-se,
sair do casulo,da intolerância, do egoísmo.
É viver um pouco além de nós mesmos,
encontrando no outro qualidades e virtudes.

Unknown disse...

Ah, se fosse uma mulher de biquini com certeza teríamos visto, kkkkkk....

Mas brincadeiras a parte, o vídeo orienta a nos concentrarmos nos passes das pessoas de branco e por isso ignoramos não só o urso preto como todas as pessoas de preto. É provável que se o urso fosse branco nós o teríamos visto.


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Maria: Bom, é inegável que a única coisa que atrai os radares masculinos mais do que objetivos práticos e objetivos (como contar passes ou caçar) é a busca da "fêmea ideal". Mas isso também tem seu fundamento se formos pensar em termos de comportamento animal e também de nossos antepassados (rs).

Rodrigo: Você tem toda a razão. Mas quantas coisas não deixamos de descobrir todos os dias simplesmente porque a sociedade nos "adestra" desde a infância dizendo que "é assim porque Deus quis", "é assim porque é assim e ponto", "isso se faz assim porque todo mundo faz assim"...
Quantas vezes, quando crianças, não ouvimos a resposta tão combatida pelo nosso sábio Telekid: "Porque sim!"
A sociedade é cheia de "não faça isso", "não questione aquilo", "não duvide daquilo-outro"...
E nós simplesmente continuamos "blowing in the wind"...
Quantas vezes não tentamos ver as coisas por outro ângulo mas não conseguimos, pois a loucura do dia-a-dia, a perseguição de "um leão por dia" no trabalho nos repete em nossos ouvidos a cada minuto "Concentre-se nos jogadores de branco! Esqueça os que estão de preto!".
Além disso, no youtube pode-se assistir ao vídeo novamente. Neste caso somos favorecidos por este "recurso providencial". MAS, nem tudo na vida vem com a opção "Replay".
É algo para se pensar, não???

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

sim, é por isso que teorias do sobrenatural afirmam que quando crianças temos uma capacidade extra-sensorial muito grande e somos capazes de ver ou sentir coisas que os adultos não, e a medida que crescemos somos "adestrados" (copiando seu termo) a ignorar essas coisas reprimindo essa tal capacidade natural...


Rodrigo Letang

Maria disse...

Pois é meu caro Rodrigo!
Vivemos em um estado de condicionamento constante e infelizmente ou por comodismo ou por "falta tempo" Seja qual for a questão ou até mesmo a desculpa que usamos o fato é:Que chega um momento em que temos que deixar cair "Essa venda"E começarmos a enchergarmos além daquilo que nos é imputado seja pela sociedade na qual vivemos,seja pelo sistema educacional não importa o que importa é que tomemos a decisão de que precisamos ver além daquilo que querem nos mostrar porque devemos nos concentrarmos apenas na cor verde se temos uma infinidade de outras cores para serem apreciadas pelos nossoa olhos hein???Vocês não acham que estamos mais do que atrasados em tomarmos essa decisão?Será que não estamos gostando de sermos Robotizados ou mecanizados pela "Tecnologia e seus avanços" Por puro comodismo?Ou simplesmente por medo de tentarmos?.

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Bom, aproveitando a deixa da necessidade de nos livrarmos dessa nossa "venda", de tomarmos uma decisão e rever o uso de tecnologias e avanços (e também aproveitando que parece que os Comments acabaram, rs), anuncio o próximo assunto:
Copenhague... sim! O futuro da humanidade está sendo discutido (não sei se pelas pessoas certas, mas enfim, está...).
Mas será que estamos encarando o assunto pelo ângulo certo?
O próximo Post apresenta uma visão alternativa, a hipótese de Gaia.
É uma hipótese sempre controversa mas que acredito que será proposta de uma maneira que fará sentido.
Aguardem! (e opinem!)

Clarice disse...

Achei interessante o comentário do Rodrigo...

"quando crianças temos uma capacidade extra-sensorial muito grande e somos capazes de ver ou sentir coisas que os adultos não, e a medida que crescemos somos "adestrados" (copiando seu termo) a ignorar essas coisas reprimindo essa tal capacidade natural..."

Do ponto de vista psicólógico, quando nascemos estamos muito mais próximos do nosso "Self", quase não conseguimos distinguir o "eu" do "self", pois o ego está em desenvolvimento, daí a sensibilidade aguçada. Mas conforme formos crescendo, amadurecendo e nos desenvolvendo, graças aos estímulos externos, vamos nos moldando conforme as leis e regras da nossa sociedade.

E justamente para não tornarmos seres alienados da massa, devemos sim nos desenvolver, mas não podemos nos distanciar/separar totalmente do nosso "Self", da nossa essência.

E aí entra a questão da visão holística x visão reducionista/mecanicista.

Nada contra o avanço tecnológico e toda a evolução científica, porém não podemos cair nesta polaridade e esquecermos que o outro polo - espiritualidade - também faz parte do nosso Ser que é integral.

Difícil missão... rs

Unknown disse...

Clarice,

Acho que faltou uma introdução no seu comentário, por favor fale um pouco mais sobre esse conceito de "self" em psicologia (deu pra deduzir alguma coisa mas não ficou muito claro...)


Rodrigo Letang

Fábio Hideki Kawauchi disse...

Olá Rodrigo,

Como o próximo Post está vindo e não sei se a Clarice poderá responder a tempo, tomei a liberdade de procurar um link do Wikipedia. Acredito que o "self" a que ela se referiu seja o conceito do "Si Mesmo" dado por Carl Gustav Jung na psicologia. Segue o link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Si_mesmo
(Tem uma sub-parte no link sob o título "O Si-mesmo em Jung").

Abraços!

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